domingo, 19 de fevereiro de 2012

O Artista


Nunca tinha feito isso; é a primeira vez que coloco dois posteres de um filme,  mas não resisti. Click nas imagens para ampliá-las.

Eu sou um amante de cinema confesso e devo dizer que há muito tempo venho falando que não se faz mais filmes como antigamente, não há mais a sensibilidade, a simplicidade e a ingenuidade dos antigos longas de Chaplin, Gene Kelly, Ingrid Bergman e outros grandes astros e diretores do cinema antigo. Pois bem, minha teoria veio abaixo com o lançamento de "O Artista", filme francês com direção de Michel Hazanavicius.
Tudo o que eu amo nos antigos longas está presente neste filme de 2011 que já arrebatou vários prêmios e 10 indicações ao Oscar desse ano (já é o meu preferido nas categorias Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Ator e Melhor Trilha Original). O filme é uma grande homenagem ao cinema mudo, à nostalgia e à simplicidade de uma outra época em que o cinema era a melhor forma de encontrar entretenimento e diversão.
A história é simples, um grande ator do cinema mudo se vê numa situação difícil quando os filmes passam a ser falados e o público já não se interessa mais pelos "velhos" astros do cinema mudo. Quem já assistiu o eterno clássico "Cantando na Chuva" sabe que essa história já foi contada antes (e muito bem, diga-se de passagem), mas não soa como cópia e sim como homenagem.
Por falar em homenagem, o longa está cheio delas, desde a trilha sonora, que lembra os filmes de Charlie Chaplin, até as cenas de sapateado no fim do filme que lembram os primeiros musicais. O filme pode ser considerado uma comédia-dramática muda e como tal depende muito da performance dos atores para funcionar e nisso não há o que comentar, Jean Dujardin (que interpreta o protagonista George Valentin) e Bérénice Bejo (que faz o par romântico Peppy Miller) arrebentam na interpretação, que não é fácil pois precisa "imitar" o estilo dos velhos filmes mudos em que os atores tinham que passar a emoção pelas expressões e não pelas falas.
Enfim, pra não entrar em mais detalhes e estragar a surpresa de muita gente, só posso dizer que pra mim este filme já chega como clássico moderno. É daqueles filmes que toca no fundo da alma de quem gosta verdadeiramente de cinema e sentia saudades do bons tempos em que não era preciso 3D, cenas milionárias de explosões, mulheres nuas e efeitos especiais espetaculares para se fazer um excelente longa metragem.  Sugiro que vá ao cinema ver esse filme (apesar de acreditar que poucas pessoas terão a sensibilidade para desfrutar toda a profundidade desse longa) mas, acima de tudo esse filme é pra ser visto em casa, tomando um bom vinho e de preferêcia abraçado a alguém especial; aí fica perfeito...   

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