terça-feira, 2 de outubro de 2012

The Walking Dead


Eu tirei umas pequenas férias do blog, tava cansado pelo trabalho, exposição e a correria do dia a dia e aproveitei pra colocar umas coisas em dia (filmes, livros, quadrinhos e outras coisas que curto). Depois desse período de "reculturização" (isso existe!?) retorno ao blog pra comentar algumas coisas que peguei esses dias.
Pra começar, vou falar sobre The Walking Dead (finalmente coloquei minhas mãos nisso), série de quadrinhos que abala o mercado internacional (pricipalmente após o lançamento da série de tv). Essa é uma das "novidades" que vem arrebatando o mercado e tomando uma parcela dos leitores de Marvel e DC (sendo originalmente publicada pela Image Comics).
Entrando de vez na história, The Walking Dead é escrita por Robert Kirkman e conta com desenhos de artistas diferentes, mantendo sempre um estilo próximo e ilustrações em preto e branco. A ideia em si não é das mais originais, visto que zumbis povoam o cinema e a literatura há muito tempo; porém, o diferencial de Kirkman é a forma com que ele trabalha os personagens e o modo como as coisas acontecem no decorrer da série. São situações imprevisíveis e dilemas morais e éticos fortes que mostram até que ponto um sujeito pode ir numa necessidade extrema. Acho que esse é um dos fatores que torna o quadrinho um clássico moderno, a maneira humana com que a trama é trabalhada.
Os personagens são tão bem construídos que fica difícil não se ligar a eles e acabar se importando com seus destinos. São situações que nos atingem e ficamos pensando o que faríamos no lugar dos personagens. 
Claro que não há grandes novidades no que Kirkman montou para a série, contudo, a coisa fica interessante quando começamos a notar o lado psicológico dos personagens (principalmente nos quadrinhos). Vemos as reações deles aos zumbis e a toda a merda que consumiu o mundo, a luta pela sobrevivência e a forma que isso afeta a cada um deles, as tentativas de se reorganizarem como uma sociedade e o declínio da civilização da maneira que a conhecemos.
Quando se começa a acompanhar a história, não imaginamos o quanto os protagonistas serão consumidos pela tragédia que ocorreu, mas aos poucos tomamos consciência do peso que Kirkman coloca nas costas dos coitados.
Se o roteiro dá um peso psicológico, a arte dos quadrinhos ajuda no impacto visual, os artistas são ótimos e conseguem demonstrar muito bem as intenções e expressões dos personagens, transformando um bando de palavras em cenas fortes que chocam os mais sensíveis. Dos desenhistas que passaram pela série até agora, pra mim o melhor é Tony Moore (Co-criador junto a Kirkman) que tem o estilo que mais me agrada, porém, todos os desenhos são ótimos.
Pra quem se interessou, as hq's são fáceis de encontrar pra download e a Devir tem lançado encadernados com várias edições juntas (um preço meio salgado, mas vale a pena). A série passou da edição 100, a mais vendida do século, com mais de 300 mil cópias nos EUA em sua primeira edição. Além dos quadrinhos também há a série televisiva (muito boa por sinal) que vale ser conferida pelo canal FOX.
No mais, espero que gostem da leitura e aproveitem as boas histórias. Em pouco tempo estarei de volta falando sobre as outras coisas que estive fazendo durante minhas "férias". Abraço a todos e até a próxima.

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