sexta-feira, 29 de março de 2013

Tyrannosaur



Voltando a falar de cinema depois de muito tempo... Tenho assistido muitos filmes ultimamente, mas são poucos os que valem comentários. Contudo, descobri um filme inglês que me tirou de órbita. Sempre gostei do cinema europeu, principalmente dos franceses e italianos, e nunca liguei muito para o cinema da Inglaterra... Até tenho alguns filmes ingleses, mas nunca tinha visto nada excepcional, até agora.
Tyrannosaur é o filme de estreia de Paddy Considine na direção de um longa metragem. O filme é um soco no estômago... Daquelas histórias fortes que nos prendem do início ao fim. Quando descobrimos a origem do título, já estamos fragilizados demais, mas ainda é um choque. 
O roteiro mostra a história de um homem em decadência (em todos os sentidos). Sem motivos para continuar a viver e completamente solitário, ele acaba conhecendo uma boa mulher, religiosa e generosa; mas que também encara sua cota de problemas pessoais. O encontro dos dois muda ambas as vidas de forma irrevogável.
Peter Mullam e Olivia Colman ( os atores principais) transformam esse drama numa obra soberba, são atuações para marcar a vida cinematográfica de qualquer ator. Em outro ponto, Considine consegue criar uma atmosfera melancólica e dramática, partindo dos suburbios cinzentos da velha Inglaterra, tornando o ambiente outro personagem do longa.
O final é bastante dramático e pode ser, até mesmo, chocante para alguns, mas nem por isso deixa de carregar um lirismo único que marca toda a obra. Eleito o melhor filme britânico de 2011, o longa de estreia de Paddy Considine merecia até mais. É um daqueles filmes a serem vistos muitas vezes no decorrer do tempo e, com certeza, sempre surpreenderá em algum aspecto.

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